A genialidade da mulher macho SIM SENHOR

Luiz Gonzaga era pernambucano. 

Gonzagão fez questão de enaltecer a força da mulher paraibana. 

Agradece a pequenina, referindo-se tanto a região da Paraíba (que é menor que o território de Pernambuco) quanto a figura feminina paraibana. 

Ao pensar em 'Paraíba masculina, Mulher Macho, SIM, SENHOR', hoje me vem a cabeça duas figuras brasileiras: Maria Bonita e Juliette Freire.

Juliette Freire renasceu a ideia de pertencimento. Ela atravessa os diversos femininos e isso é a genialidade da mulher macho, sim, 'sinhô'!

Juliette é genial em seu jogo comportamental dentro do Big Brother Brasil 2021 porque ela é o próprio Show de Truman (quem não entendeu a referência é só assistir o filme com o mesmo nome). 
 
Ela é a enganada!
 
E aí,  
 
"Quando a lama virou pedra
E mandacaru secou
 
Quando o 'ribação' de sede
Bateu asa e voou"
 
Ou seja, quando ela é enganada. rejeitada. humilhada. discriminada. a "lama virou pedra; o mandacaru secou"; Juliette Freire narra para o Brasil a trajetória da mulher nordestina que chega no sudeste do país, sofre, encolhe-se e reinventa-se em si mesma. Juliette não é Macabeia (Leia A Hora da Estrela de Clarice Lispector para entender a referência).

Juliette é narradora!

É com a genialidade de leitoras de grandes narradores da seca nordestina (já perceberam que Juliette não comenta os livros que leu no ALÉM como os demais participantes?! #nuncavi, mas na minha humilde opinião ela leu, ao longo da vida, pelo menos Graciliano Ramos e Guimarães Rosa) que Juliette cantou os versos do seu conterrâneo como se cantasse a si mesma:

"Deus me proteja de mim e da maldade de gente boa
Da bondade da pessoa ruim
Deus me governe e guarde ilumine e zele assim..."

Todos nós vimos essas histórias narradas pela Globo, inclusive na última novela "amor de mãe".

A Globo ganhou milhões com esse tipo de narrativa. Outra genialidade da leitora Juliette, agora de novelas, usar a narrativa dos roteiros da Globo no seu jogo (não entendi porque houve boicote da edição ao protagonismo de Juliette, vai saber, né?!).

Juliette traz no comportamento sua trajetória de vida.
 
Tagarela, sim. Desatenta, nunca!

Sempre alerta. Ela lê seus adversários e argumenta com eles desfazendo os nós.
Ela entrevista seus adversários diariamente.
Diariamente ela reler as situações. É por isso que os mesmos assuntos sempre voltam.
 
Ela é a Maria Bonita!
 
Maria Bonita era forte. Era independente. 
Mas
Era submissa aos rituais masculinos do cangaço.
 
Juliette precisa mostrar a fragilidade. Revisitar as submissões das mulheres no cangaço.
Essa narrativa é importante para que não seja qualquer campeã, seja a campeã do 
 
Show da Vida!






 
 

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