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Mostrando postagens de maio, 2021

Para amar sem mar

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  De onde você é? Eu . Sou de uma terra seca, onde os ventos são uma dádiva e a beleza está na sinuosidade de suas árvores ressequidas.  Uma terra em que as flores brotam na improbabilidade ordinária dos restos humanos e que a funcionalidade da burocracia opera na virtude deteriorada dos valores sociais que constituem o empoderamento humano. Lá, em minha terra, a fumaça das queimadas odorizam os ventos e acinzentam o colorido horizonte.  Mas, com seu céu vislumbroso, minha terra se impõe em Por o Sol e se deslumbra ao alvorecer.  Pois, é na grandiosidade de seu horizonte que a firmeza de seu concreto desperta o sentimento de AMAR sem MAR. Sem MAR, mas com POESIA. Sendo, nas curvas das nuvens, o alvorecer do calango destemido em seu POER cotidiano. É de lá que eu sou...   Fotografia e texto por Sinara Bertholdo

O cantador é o fotógrafo

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Hoje eu acordei com a foto do Carlos Moura.   A imagem de mil palavras! Ontem recebi de um amigo a canção Saga da Amazônia do álbum cantoria com Elomar, Vital Farias, Geraldo Azevedo e Xangai. Abaixo do link da música, meu amigo escreveu: "essa música nunca foi tão atual quanto agora...". Coloquei a música para tocar. "só é cantador quem traz no peito o cheiro e a cor de sua terra a marca de sangue de seus mortos  e a certeza de luta de seus vivos" Ao ouvir, hoje, essa primeira parte da cantoria, depois de já ter visto a foto de Carlos Moura, ouvi a imagem do fotógrafo cantador. Em um olhar preciso, de fé e foco amolado, o instante nada decisivo foi capturado. A imagem que representa o Brasil foi retratada. Não fui eu que disse, foi Felipe Neto em sua análise "tweetal": "a foto do ano". Que ano? Fiquei cá me perguntando.  Talvez de anus, ops, quis dizer anos: 1500 até a atualidade. O que importa?  Carlos Moura trouxe no olhar o cheiro e a cor de

A genialidade da mulher macho SIM SENHOR

Luiz Gonzaga era pernambucano.  Gonzagão fez questão de enaltecer a força da mulher paraibana.  Agradece a pequenina, referindo-se tanto a região da Paraíba (que é menor que o território de Pernambuco) quanto a figura feminina paraibana.   Ao pensar em 'Paraíba masculina, Mulher Macho, SIM, SENHOR', hoje me vem a cabeça duas figuras brasileiras: Maria Bonita e Juliette Freire. Juliette Freire renasceu a ideia de pertencimento. Ela atravessa os diversos femininos e isso é a genialidade da mulher macho, sim, 'sinhô'! Juliette é genial em seu jogo comportamental dentro do Big Brother Brasil 2021 porque ela é o próprio Show de Truman (quem não entendeu a referência é só assistir o filme com o mesmo nome).    Ela é a enganada!   E aí,     "Quando a lama virou pedra E mandacaru secou   Quando o 'ribação' de sede Bateu asa e voou"   Ou seja, quando ela é enganada. rejeitada. humilhada. discriminada. a "lama virou pedra; o mandacaru secou"; Juliette