Para amar sem mar
De onde você é? Eu . Sou de uma terra seca, onde os ventos são uma dádiva e a beleza está na sinuosidade de suas árvores ressequidas. Uma terra em que as flores brotam na improbabilidade ordinária dos restos humanos e que a funcionalidade da burocracia opera na virtude deteriorada dos valores sociais que constituem o empoderamento humano. Lá, em minha terra, a fumaça das queimadas odorizam os ventos e acinzentam o colorido horizonte. Mas, com seu céu vislumbroso, minha terra se impõe em Por o Sol e se deslumbra ao alvorecer. Pois, é na grandiosidade de seu horizonte que a firmeza de seu concreto desperta o sentimento de AMAR sem MAR. Sem MAR, mas com POESIA. Sendo, nas curvas das nuvens, o alvorecer do calango destemido em seu POER cotidiano. É de lá que eu sou... Fotografia e texto por Sinara Bertholdo