Ó musa sem alma, amante dos palhaços,
Terás, quando março desatar seus rebentos,
No tédio negro dos crepúsculos nevoentos,
Uma brasa que esquente o seu coração incompetente?
Aquecerás teus olhos brilhantes
Na luz noturna que as cigarras calam?
Sem um níquel na bolsa e seco o paladar,
Colherás o jasmim do entardecer?
Tens que, para ganhar o pão de cada dia,
Espalhar ditos, reescrever feitos
Entoar esse Dixi que nada tem de novo,
Ou, bufão em jejum, exibir teus encantos
E teu riso cativante de invisíveis prantos
Para desopilar o AMOR do povo.
Terás, quando março desatar seus rebentos,
No tédio negro dos crepúsculos nevoentos,
Uma brasa que esquente o seu coração incompetente?
Aquecerás teus olhos brilhantes
Na luz noturna que as cigarras calam?
Sem um níquel na bolsa e seco o paladar,
Colherás o jasmim do entardecer?
Tens que, para ganhar o pão de cada dia,
Espalhar ditos, reescrever feitos
Entoar esse Dixi que nada tem de novo,
Ou, bufão em jejum, exibir teus encantos
E teu riso cativante de invisíveis prantos
Para desopilar o AMOR do povo.
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