O Ideal

Jamais serão esses amores decadentes,
Belezas corrompidas de uma década breu,
Nem pagodes ou funks estridentes,
Que irão bastar a um coração igual ao meu.

Concedo a Crispim, o poeta das dores,
Todo o rebanho da beleza floral,
Pois nunca vi dentre essas pálidas cores
Uma só flor afim de meu sanguíneo ideal.

O que me falta ao coração e o que o redime
Sois vós Lady Maria Joana, alma afeita ao crime,
Sonho de jovens expostos ao aguilhão das mentes;

Ou tu, Noite por São Jorge engendrada,
Que em paz retorces numa pose inusitada
Teus encantos ao gosto dos Incompetentes amores!

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